quinta-feira, 27 de setembro de 2012





RECEITA DE VIVER





Adolpho Bloch

"Fiz uma vez uma receita de viver...
Viver é expandir, iluminar. Viver é derrubar barreiras entre os homens e o mundo. Compreender. Saber que, muitas vezes nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as nossas grades, ao invés de delas nos libertarmos.
Procuro descobrir nos outros sua dimensão universal, única. Sou coletivo. Tenho o mundo dentro de mim. Um profundo respeito humano. Um enorme respeito à vida; acredito nos homens. Até nos vigaristas. Procuro desenvolver um sentido de identificação com o resto da humanidade. Não nado em piscina se tenho o mar. Por respeitar cada ser humano, em todos os cantos da terra, e por gostar de gente - gostar de gostar - é que encontro em cada indivíduo o reflexo do universo.
As pessoas chamam de amor ao amor-próprio. Chamam de amor ao sexo. Chamam de amor a uma porção de coisas que não são amor. Enquanto a humanidade não definir o amor, enquanto não perceber que o amor é algo que independe da posse, do egocentrismo, da planificação, do medo de perder, da necessidade de ser correspondido, o amor não será amor.
A gente só é o que faz aos outros. Somos conseqüência dessa ação. Não fazer me deixa extenuadão.
Talvez a coisa mais importante na vida seja não vencer na vida, não se realizar. O homem deve viver se realizando. O realizado botou ponto final. Não podemos viver, permanentemente, grandes momentos. Mas podemos cultivar sua expectativa.
Acredito em milagres. Nada mais miraculoso que a realidade de cada instante. Acredito no sobrenatural. O sobrenatural seria o natural mal explicado, se o natural tivesse explicação. Enquanto o homem não marcar um encontro consigo mesmo, verá o mundo com prisma deformado e construirá um mundo, em que a lua terá prioridade.
Um mundo de mais lua que luar."



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SABER AMAR!



"Se tudo fosse: - "Eu te amo. Você me ama?" Resposta: "Amo".
Pronto! Seria simples. E foram felizes para o resto da vida.
Quando tal diálogo acontece e duas pessoas percebem que se amam, aí a dúvida e a confusão não terminam. Começam!

Não está disposto na lei da vida que duas pessoas que se amam, saibam amar. O normal é as duas não saberem. Raro é
as duas saberem. O habitual é uma saber e aguentar o rojão pela outra.

Saber amar! Quanta gente prefere viver com alguém que sabe amar, mesmo que não o ame! Quanto amor pode brotar da relação com quem sabe amar! Quem sabe amar, pode até
realizar o milagre de acabar recebendo o amor de quem não o ama, ou ama e não sabe.

Saber amar é conhecer o amor como forma de arte.
O amor é apenas um sentimento, enquanto que saber amar é uma criação, visão estética do amor. Tanto é flor na hora certa, como presente fora de hora. Saber amar implica conhecer sabedorias que o amor não sabe, como esperar, deixar fluir, não invadir as dúvidas do outro, não abafar nem impedir que a outra parte
supere a fossa, a angústia ou a dor que a oprime.

Quem ama desama junto. Quem sabe amar, por conhecer a medida exata dos orgulhos que valorizam o amor, suporta tal sentimento, desde que seja passageiro, é claro. Quem ama,
quando cansa, pode voltar a amar. Quem sabe amar quando desliga é para sempre. É mais fácil afrontar a quem ama do que a quem sabe amar.

Este, conhece tanto a importância do seu sentimento, que quando o retira, machucado, incompreendido ou ferido de morte, é para sempre.

Cuidado com quem ama! Mas cuidado maior com quem sabe amar! Quem perde um amor perde menos do que quem perde alguém que sabe amar.

Saber amar não é depender.

Não é ser servil.

Não é viver agradando. Não é fazer o que o outro quer.

Saber amar é ter as reações certas, de compreensão e crítica; é ocupar todo o seu lugar no espaço e no tempo do sentimento e da emoção do outro.

Saber amar é até saber desistir.

Saber amar é aquela parte que, partindo do amor, procura (até encontrar) a parte do outro que um dia saberá amar.

E a encontrando tem paciência, afeto e tolerância. A menos que descubra que ela não merece.

Porque saber amar é também ter a coragem das renúncias, bravura raramente presente em quem, apenas, ama."

(Artur da Távola)

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AMA-ME POR AMOR



"Ama-me por amor somente.
Não digas: "Amo-a pelo seu olhar,
O seu sorriso, o modo de falar
Honesto e brando. Amo-a porque se sente

Minh'alma em comunhão constantemente
Com a sua". Porque pode mudar
Isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
Do tempo, ou para ti unicamente.

Nem me ames pelo pranto que a bondade
De tuas mãos enxuga, pois se em mim
Secar, por teu conforto, esta vontade

De chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
Me hás de querer por toda a eternidade."

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O AMOR
O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..
(Fernando Pessoa)
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dia do radialista Em São Paulo/SP, a primeira Emissora foi a EDUCADORA PAULISTA, fundada em 1924, e em Belo Horizonte, a primeira rádio foi a RÁDIO MINEIRA, fundada em 30 de maio de 1936. Hoje, lamentavelmente, fora do ar. Mas, a primeira transmissão do Rádio foi no dia 07 de setembro de 1922, durante a exposição comemorativa do centenário da independência. O discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa, além de ser ouvido no recinto da exposição, chegou também em Niterói, Petrópolis e São Paulo, graças à instalação de uma retransmissora no Corcovado e de aparelhos de recepção nesses locais. Hoje são milhares de rádios espalhadas pelo país, levando alegria , entretenimento e informação para um Brasil de audiência, e principalmente ao ouvinte que sempre fez do Rádio, seu grande companheiro. Sobre o Radialista LEI Nº 11.327, de 24 de julho de 2006 Institui o Dia do Radialista. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituído, no calendário das efemérides nacionais, o Dia do Radialista, a ser comemorado no dia 7 de novembro, data natalícia do compositor, músico e radialista Ary Barroso. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Bras ília, 24 de julho de 2006; 185º da Independência e 118o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA João Luiz Silva Ferreira Na época, quando fundou a primeira emissora de Rádio do Brasil, não existiam escolas para formação de Radialistas. Foram os Radiamadores os primeiros locutores, por já possuírem experiência com microfones. Uma característica era fazer uma programação cultural, que consistia em música Erudita, conferência e palestras que não interessavam ao ouvinte. Na Era do Rádio, o grande astro era "Vital Fernandes da Silva", o "Nhõ Totico", que permaneceu no ar por 30 anos. O mais incrível é que nessa época ele apresentava dois programas ao vivo e totalmente improvisados. Nos dias de hoje, com um ouvinte mais exigente, o radialista precisa de muita técnica e ter um padrão que se identifique com cada emissora. Mas o ponto em comum entre eles tem que ser o carisma. Dentro de cada Radialista existe um inexplicável sentimento de dedicação e o interesse pelo que faz. Só o idealismo não é o suficiente, existe a necessidade do talento. Com milhares de bons Radialistas espalhados pelo Brasil, o Rádio é hoje rico, oferecendo boas opções para aquele que merece todo o nosso respeito: o ouvinte. O Radialista é um sonhador, um apaixonado que faz parte do cotidiano das pessoas. Veja o que mais se comemora hoje Dia da Árvore Árvore é sinônimo de vida. Uma árvore, por si só, pode nos trazer muitos benefícios. Desde a sombra aconchegante, até a folha de papel. As florestas plantadas (reflorestamentos) pelo homem devolvem a ele serviços e bens. Mas o equilíbrio tem que ser mantido com a preservação das matas nativas e a proteção dos mananciais, onde a flora e a fauna encontram ambientes diversificados. É da maior importância a conscientização e a contribuição de cada um de nós, plantando uma árvore e cuidando para que se desenvolva. http://www.cnpm.embrapa.br/campo/arvore.html n Dia da Tia Dia do Fazendeiro Comemora-se hoje o Dia do Fazendeiro, diferindo do Dia do Agricultor, em 13 de setembro. Dia do adolescente instituído em 1996, através de projeto de lei do então deputado Horácio de Matos Neto, falecido em julho de 2008 em Salvador, Bahia Dia dos Portadores de Deficiência Física Hoje o dia reserva uma homenagem aos deficientes físicos, tão merecedores de respeito quanto qualquer outro cidadão. n Dia Mundial da doença de Mal de Alzheimer Em um estudo de 1906, o médico alemão Alois Alzheimer apresentou o caso de uma mulher de 51 anos, Auguste. Cinco anos antes, Auguste começou a sofrer de perda de memória. Ela desenvolveu problemas de fala e tornou-se paranóica, confusa e agitada. Quando morreu, sofria de incontinência urinária, vivia na cama e não lembrava de amigos e parentes. Ao realizar uma necropsia na paciente, Alzheimer notou que o cérebro de Auguste havia encolhido por causa de uma perda de neurônios e estava obstruído com placas e fibroses. Alzheimer apresentou suas descobertas numa conferência na Universidade de Tuebingen em novembro de 1906. Mas, nas oito décadas seguintes, o conhecimento da doença, que leva seu nome, permaneceu inalterado. O nome Alzheimer se tornou uma palavra ligada ao medo da velhice e a uma confusão quanto a suas causas. Hoje, no entanto, as novidades sobre a doença trazem esperança. O mal de Alzheimer vem sendo pesquisado em tantas frentes que alguns pesquisadores, embora evitem falar sobre cura, acreditam num tratamento para diminuir ou possivelmente deter o avanço clínico. Dia Internacional da Paz Hoje é comemorado (se é que parece-nos possível) o Dia Internacional da Paz; isso significaria a união e compreensão entre todos os povos, com o respeito mútuo entre todas as etnias do planeta, mas ainda é algo fora do alcance da mesquinharia e insensatez humana.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ANIMO

Ainda que o trabalho árduo nos tome a mente e o ânimo,
Ainda que o relógio simule uma disputa contra nós
Se os meus olhos por minutos perderem o brilho
E se - como quase sempre - desistir parecer o mais apropriado...

Por cima das nuvens sabemos que ainda brilha um sol,
Que brilhará para sempre
E veremos que por detrás da tempestade esconde-se um lindo dia...

E ali nos dias tristes,
Nos dias de grande aflição,
Seremos salvos pelo amor que nos une hoje
E que para todo o sempre será só teu.